Mauro chama facções de terroristas e critica Congresso; “precisa tomar vergonha na cara”

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O governador Mauro Mendes (União Brasil) provocou novamente o Congresso Nacional a criar leis mais duras contra as facções criminosas e enquadrá-las como terroristas. Em coletiva de imprensa, o chefe do Executivo estadual criticou o “prende e solta” praticado em favor dos membros dessas facções, justamente por falta de leis adequadas para puni-los com rigor.

“Precisamos tomar vergonha na cara nós brasileiros, principalmente o Congresso Nacional, e fazer uma lei dura pra acabar com essas facções criminosas, com esses terroristas do nosso país”, disparou o governador.

Mauro Mendes destacou ainda que os crimes que as facções vêm cometendo são um verdadeiro “terror” e sugeriu que, se os atos não forem classificados como terrorismo, devem mudar de nome.

“Terrorismo no Brasil é praticar algo como se fosse ligado à questão religiosa, à questão de racismo. Isso é terrorismo. Acredito que até seja, realmente. Mas, praticar o terror que as facções fazem e isso não ser classificado como terrorismo? Tem que mudar o nome então”, disse.

Na ocasião, o governador elogiou o trabalho praticado pelas polícias militar e civil, que conseguem prender bandidos com rapidez, mas lamentou as brechas na lei que levam à Justiça a soltá-los rapidamente.

“A Polícia Civil e a Polícia Militar fazem um trabalho brilhante. Todos os dias nós prendemos pessoas, prendemos criminosos fazendo os mais diversos crimes. Muitos deles são soltos dias, horas, semanas depois ou meses depois, porque nós temos uma lei que não classifica essas facções criminosas como terrorismo”, pontuou.

Para o chefe do Executivo estadual, a falta de leis duras gera uma sensação de impunidade que tem levado cidadãos comuns a cometerem crimes, por acreditarem que não serão punidos.

“É triste e lamentável que hoje a gente viva essa sensação de impunidade. Isso faz com que cidadãos comuns, que nunca cometeram nenhum crime, nenhuma multa de trânsito e ele resolve matar alguém, porque ele não acredita que vai ter punição severa”, afirmou.

Por fim, o governador ressaltou que, por exercer um cargo executivo, a função dele é executar as leis, mas deixou claro que gostaria que muitas delas fossem diferentes e terminou lamentando mais uma vez “infelizmente não são”. (Repórter MT)