A discreta retomada da economia observada ao longo de 2017 traz para 2018 um sopro de esperança ao setor imobiliário de Cuiabá. Com penas quatro empreendimentos verticais lançados no último ano, a cidade deve fechar os próximos 12 meses com pelo menos o dobro do número. Boa notícia que também deve se estender aos investimentos horizontais. As previsões são do presidente do Sindicato das Indústrias da Construção do Estado de Mato Grosso (Sinduscon-MT), Julio Flávio Campos de Miranda.
Até julho de 2017, quatro empreendimentos foram lançados na Capital. Um a mais que o mesmo período de 2016 e 22 a menos do que a comparação com 2011. Destes, até o mês de outubro, dois foram esgotados, fechando com uma oferta de 3017. A disponibilidade sobre a oferta lançada foi de 27,0%. Estas unidades são classificadas principalmente entre os padrões Econômico, até R$ 180.000 (26,6%), e standar, de R$ 180.001 a R$ 400,00 (22,5%).
Os números foram divulgados em dezembro pela consultoria curitibana Brain, contratada pelo Sindicato das Indústrias da Construção Civil (Sinduscom) para realizar o levantamento do mercado na Capital e em Várzea Grande. “Embora a pesquisa considere dados lançados até outubro, o ano não fecha com muito mais que isso. Cinco lançamentos, talvez”, disse Julio na ocasião.
No caso do mercado horizontal, houve apenas um empreendimento esgotado, que fechou sua oferta em 769 unidades disponíveis, com amior concentração nas casa em condomínio, (44,7%). O preço médio por m² praticado neste tipo de imóvel ficou em cerca de R$ 3.096.
“Temos um número bom, não só de vertical como de horizontal, para serem lançados. Tudo isso representa oferta maior de unidades e de emprego. Acreditamos em um crescimento razoável de empreendimentos, até porque o mercado já está pedindo. Em relação ao que foi lançado nos últimos três anos deve dobrar sim, nos dois casos”, explica o presidente do Sindicato (Sinduscom), Julio.
Para 2018 reforçam-se as projeções positivas: se as construtoras vendem mais unidades do que lançam, a oferta disponível diminui. Isso significa que a tendência é que o volume de lançamentos seja maior que agora, uma vez que, à medida que a oferta diminui, começa a faltar imóveis novos para o público final.
Aliado a estes fatores, é necessário considerar ainda o crescimento nos financiamentos, que apresentaram uma queda brusca em relação à 2011, 2012 e 2013, despencando nos anos seguintes para liberações até 50% menores das disponibilizadas anteriormente. “Também não teremos problema de recurso com a caderneta de poupança, que é o maior financiador de imóveis no Brasil. O FGTS e a Caixa também tem atuado para não faltar investimento e movimentar o setor.”
Outro facilitador mencionado é a redução de juros e a quantidade de oferta maior de financiamentos. “A tendência é de uma melhora ainda maior para 2018. A oferta de empregos também será maior por conta da retomada de obras como o minha casa minha vida, obras públicas e a finalização de obras em andamento e lançamentos. Não é o nosso pico, mas as previsões são bastante positivas”, diz Julio.
Fonte: Olhar Direto/Agro Olhar