O policial militar Raylton Mourão e a esposa dele, Aline Valando Kounz, são donos de uma empresa de distribuição de água potável em Várzea Grande, chamada Reizinho Água Potável. O casal é investigado por suposto envolvimento no assassinato da personal trainer Rozeli da Costa Nunes, de 33 anos, que foi morta a tiros na última quinta-feira (11), no bairro Cohab Canelas.
Um acidente de trânsito envolvendo o carro dela, um caminhão-pipa da empresa do casal e uma motocicleta, pode ter motivado o crime. De acordo com informações apuradas, o acidente ocorreu em março deste ano, na avenida Filinto Müller.
O motorista do caminhão teria entrado repentinamente na via preferencial sem dar qualquer sinalização, forçando a personal a frear bruscamente. Com a freada, a traseira do carro dela foi atingida por um motociclista.
Em julho, a vítima entrou na Justiça com uma ação de reparação de danos materiais e morais contra o casal, alegando que teve prejuízo estimado de até R$ 9,6 mil, além de ter ficado com o psicológico abalado. Uma audiência de conciliação entre Raylton, Aline e Rozeli estava marcada para ocorrer na próxima terça-feira (16).
Ainda conforme apuração, a empresa Reizinho Água Potável não possui CNPJ ativo e nem registro regular perante a Receita Federal.
Neste sábado, a casa do policial militar e da esposa dele, que fica localizada no bairro São Simão, também em Várzea Grande, foi alvo de busca e apreensão, cumprida por equipes da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), mas quando os policiais civis chegaram lá, o casal não foi encontrado.
O crime
Na última quinta, Rozeli estava saindo de casa para ir trabalhar quando foi surpreendida por dois homens em uma motocicleta vindo em sua direção. Em determinado momento, o homem que estava na garupa da moto sacou uma arma e atirou várias vezes na personal, que foi atingida no rosto. A ação foi registrada por câmeras de segurança.
Rozeli Nunes era casada com um caminhoneiro, que estava viajando a trabalho no dia do crime. Ela deixou duas filhas.
Corregedoria investiga
Por meio de nota, a Corregedoria da Polícia Militar informou que acompanhou o cumprimento do mandado de busca e apreensão na casa do policial e que abriu um procedimento para apurar os fatos administrativamente. (Repórter MT)