Após mais de 10 anos parados em Mato Grosso, os vagões do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) que seriam usados na Copa do Mundo de 2014 ganharam um novo destino. As composições foram vendidas ao Governo da Bahia e já estão em Salvador, onde serão utilizadas em um novo projeto de mobilidade urbana.
O fracasso do projeto em Mato Grosso resultou em mais de R$ 1,2 bilhão gastos na aquisição dos 280 vagões e na construção de viadutos e trincheiras, mas o modal nunca saiu do papel. O governo estadual optou por mudar o projeto para o BRT (Bus Rapid Transit).
Com a negociação mediada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), os vagões foram vendidos ao estado da Bahia por R$ 793,7 milhões.
As composições, que ficaram uma década armazenadas em Várzea Grande, passaram por uma reforma na fábrica da CAF Brasil, em Hortolândia (SP), onde receberam nova pintura e ajustes técnicos.
O futuro VLT de Salvador terá 40 quilômetros de extensão, com 42 paradas, e será integrado ao sistema de transporte da capital baiana. A expectativa é que o sistema comece a operar em 2026.
As composições do VLT de Salvador também foram adaptadas para atender a uma demanda social importante: o transporte de marisqueiras e pescadores, garantindo espaço para o transporte de materiais de trabalho.
Com 22 quilômetros de extensão previstos para ligar Cuiabá e Várzea Grande, o VLT mato-grossense teria 40 trens com capacidade para transportar mais de 100 mil pessoas por dia. Os trens seriam movidos a tração elétrica, equipados com ar-condicionado, câmeras de vigilância e sistemas de economia de energia.
(COM ÚNICA NEWS)
