O programa Cuiabá Mais Leve pretende fornecer acompanhamento médico, nutricional e atividades físicas supervisionadas, além do fornecimento gratuito do medicamento Mounjaro, às pessoas em situação de vulnerabilidade, diagnosticadas com obesidade grau 3.
Cuiabá será a primeira capital brasileira a distribuir gratuitamente o medicamento Mounjaro também chamado tirzepatida pelo Sistema Único de Saúde (SUS), por meio do programa “Cuiabá Mais Leve”, que começa em 4 de outubro.
A ação oferece tratamento de até sete meses, com atividades físicas, orientação nutricional e acompanhamento médico, beneficiando entre 150 e 200 pacientes inicialmente. No entanto, os interessados precisarão cumprir alguns requisitos para fazer parte do programa, confira abaixo:
Como funciona o programa?
- Inscrições abertas em 4 de outubro: serão exclusivas para quem possui diagnóstico de obesidade grau 3.
- Triagem multidisciplinar com equipe médica, nutricional e educadores físicos nos quatro polos espalhados pela cidade.
- Primeiro mês de atividades físicas supervisionadas, antes de receber o medicamento.
- Aplicação de Mounjaro por seis meses, com orientações coletivas e monitoramento individualizado.
Deverá ser oferecido auxílio importante para pacientes com obesidade severa, que vivem com dificuldade de acesso ao tratamento e têm risco elevado de comorbidades.
A parceria público-privada envolve Secretarias de Saúde e de Esporte, com base em uma emenda parlamentar de R$ 1,2 milhão da vereadora Michelly Alencar. Esse valor cobre a compra do medicamento e os custos operacionais com profissionais de saúde, deslocados para atender ao programa.
O que é o Mounjaro (tirzepatida)
Desenvolvido pela Eli Lilly, o Mounjaro é um medicamento injetável semanal, destinado inicialmente ao tratamento de diabetes tipo 2, mas que ganhou destaque por sua eficácia na redução de peso. Atua nos hormônios do apetite e do metabolismo, e pode proporcionar perda de até 20% do peso corporal, quando aliado a mudanças no estilo de vida. Seu custo privado varia entre R$ 1.700 e R$ 2.400 por mês, valor atualmente inacessível para grande parte da população.
Cuiabá ocupa a 4ª posição entre as capitais brasileiras com maior prevalência de obesidade (27,2% da população adulta), sendo ainda mais acentuado entre mulheres (29,7%), segundo o Ministério da Saúde (2024). (Primeira Página)