Edinei Serafim de Souza, de 32 anos, preso em flagrante por matar a esposa Fabiana Sanches Cardoso, de 42, na segunda-feira (8), em Itiquira (a 359 km de Cuiabá), já era investigado por estupro de vulnerável contra a própria enteada, fato que motivou diversas brigas entre o casal.
Edinei passou por audiência de custódia, na manhã desta terça-feira (09), e teve a prisão em flagrante convertida em preventiva. Em decisão proferida pelo juiz Daniel de Sousa Campos, o magistrado ressaltou que a prisão do feminicida é necessária para garantir a ordem pública e destacou a gravidade do crime, já que Fabiana foi morta com três tiros, sendo dois na região do tórax e outro na cabeça.
Além disso, o juíz também reforçou que o feminicida já responde por estupro de vunerável contra a enteada. “Ademais, em consulta ao SEC, infere-se que o custodiado ostenta em seu desfavor condenação ainda não transitada em julgado pela suposta prática de estupro de vulnerável em desfavor de sua enteada, filha da ora vítima”, disse na decisão.
O feminicídio
Conforme o boletim de ocorrência, Fabiana trabalhava como cozinheira e Edinei como tratador de animais no mesmo local, No dia do crime, por volta das 6h, quando Edinei atraiu a vítima até um milharal. No local, ele efetuou três disparos com um revólver calibre 38, atingindo a vítima no abdômen, no ombro e na cabeça.
Após os disparos, o assassino tentou simular um acidente de trânsito. Ele colocou o corpo da esposa no carro e ligou para uma unidade de saúde relatando um suposto capotamento.
Durante o deslocamento, a equipe médica encontrou o veículo trafegando lentamente, com o pisca-alerta ligado. Ao se aproximarem, perceberam que não se tratava de um acidente, mas de um crime.
Fabiana foi encontrada já estava sem vida. Já o assassino passou por atendimento médico e foi autuado em flagrante pelo crime de feminicídio.
Em depoimento ele alegou que teria matado a esposa dentro do carro, enquanto eles estavam indo para o serviço. Ele também alegou que estava se separando de Fabiana após 13 anos de casados e que estavam discutindo sobre pensão alimentícia do filho que o casal tem em comum.
A Polícia Civil acompanha o caso e dará sequência às investigações. (Repórter MT)