O ex-vereador de Cuiabá e servidor do Tribunal de Justiça (TJMT), Luís Claudio foi afastado de suas funções na Corte Estadual por suspeita de integrar a organização criminosa que desviou mais de R$ 20 milhões da conta única do judiciário mato-grossense.
A determinação partiu do presidente do TJMT, desembargador José Zuquim Nogueira, na quarta-feira (13). Com isso, já são 4 servidores do judiciário afastados de suas funções após a Operação Sepulcro Caiado.
O Gazeta Digital apurou que Luís Claudio teria ligações com o empresário João Gustado Ricci Volpato, considerado o líder da organização criminosa. Ambos atuaram junto na prefeitura de Cuiabá como secretário municipal da gestão Emanuel Pinheiro (MDB). Além de Luís Claudio estão afastados de suas funções os servidores: Mauro Ferreira Filho, considerando o principal elo com o esquema, Eva da Guia Magalhães e Cláudia Regina Dias de Amorim Del Barco Correa.
No relatório final da Delegacia de Estelionato de Cuiabá encaminhada ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), o delegado Pablo Carneiro sugere a instauração de inquérito policial complementar para apurar a conduta de Eva e Cláudia Regina. Elas não foram indiciadas pela Polícia Civil.
Indiciamento
A Polícia Civil indiciou Mauro Ferreira Filho, e o empresário João Gustavo Ricci Volpato pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, estelionato, falsidade ideológica e uso de documentos falsos, no esquema que desviou mais de R$ 20 milhões da conta única do poder judiciário mato-grossense. O indiciamento consta no relatório final do inquérito da Operação Sepulcro Caiado da Polícia Civil, encaminhado ao ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Ricardo Villas Bôas Cueva, relator do caso.
Além deles, também foram indiciados pelos mesmos crimes, Wagner Vasconcelos de Moraes, Melissa Franca Praeiro Vasconcelos de Moraes, Luiza Rios Ricci Volpato, Augusto Frederico Ricci Volpato, Themis Lessa da Silva, Régis Poderoso de Souza, Rodrigo Moreira Marinho, João Miguel da Costa Neto e Denise Alonso.
A operação cumpriu mais de 160 ordens judiciais, incluindo 11 mandados de prisão preventiva, 22 de busca e apreensão, 16 bloqueios judiciais que totalizam R$ 21,7 milhões, 46 quebras de sigilo bancário e fiscal, além do sequestro de 18 veículos e 48 imóveis. (Gazeta Digital)