Empresária, namorado e pai estão entre 7 suspeitos presos por sequestro em Sorriso

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Lara Fabia e o namorado Guilherme Iung, ambos são investigados por suposta participação no sequestro de uma família, incluindo um bebê, em Sorriso (MT). (Foto: PMMT/ Miniaturas: Arquivo pessoal)

A empresária Lara Fabia Ribeiro de Oliveira, dona de uma academia de cross training (academia de musculação) em Sorriso (MT), foi presa suspeita de participar do sequestro e tortura de uma família com um bebê de 28 dias. O pai dela e o namorado, Guilherme Iung, também estão entre os investigados, segundo a polícia.

A prisão foi realizada por equipes da Força Tática do 3º Comando Regional da Polícia Militar, com apoio do sistema de videomonitoramento do programa Vigia Mais MT.

O nome da empresária aparece entre os réus presos na decisão assinada pelo juiz Rafael Depra Panichella, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), durante o plantão da Comarca de Sorriso.

Também foram presos Anderley Vieira da Silva, Felipe Estevam Cenci, Cleomar Aparecido, Guilherme de Almeida Iung, Atilla Jeremias de Sousa e Valmir de Oliveira. Todos são investigados por envolvimento no sequestro, tortura e ameaça de morte contra uma família e um bebê de apenas 28 dias.

Entre os sete réus detidos no processo está Guilherme de Almeida Iung, namorado da empresária Lara Fabia. Ele é apontado pela investigação como um dos participantes diretos do crime e foi capturado junto com os demais suspeitos.

Casal durante viagem ao Rio de Janeiro. (Foto: Arquivo pessoal/Instagram)
Casal durante viagem ao Rio de Janeiro. (Foto: Arquivo pessoal/Instagram)

Primeira Página tenta localizar a defesa de todos os citados para acrescentar à reportagem.

“Eles sequestraram a família toda, torturaram, ameaçaram de morte e disseram que iriam colocar fogo nos adultos, no carro e até no bebê de 28 dias. É um crime gravíssimo”, diz comandante da PM.

Vingança por causa trabalhista

De acordo com o Tenente Coronel Jorge Almeida, da Polícia Militar do município de Sorriso, as investigações apontam que o crime foi premeditado e foi motivado por vingança. Todos negaram o fato para a polícia.

A principal linha investigativa da polícia é que o ataque foi uma retaliação por causa de uma ação trabalhista movida por uma das vítimas, uma ex-funcionária de Lara Fabia. Ela teria vencido a causa e, desde então, passou a receber ameaças.

Segundo o comandante da Polícia Militar, os agressores exigiram que a vítima (ex-funcionária) retirasse a ação judicial.

empresaria e pai
Lara ao lado do pai, com quem compartilha a rotina na academia Extreme Cross, em Sorriso. (Foto: Reprodução/Instagram)

“Segundo a vítima, o motivo do crime seria um processo trabalhista. Ela relatou que foi demitida e entrou na Justiça contra essa pessoa e, por isso, foi sequestrada junto com a família. A todo momento, os suspeitos mencionavam essa motivação. Chegaram a dizer que iriam botar fogo no recém-nascido. Foi um crime brutal e banal”, afirmou o Tenente Coronel Jorge Almeida, da Polícia Militar, em entrevista.

Ainda conforme o Tenente Coronel da PM, durante a abordagem policial, uma mulher chegou a pé e se identificou como filha de um dos suspeitos. Ela foi reconhecida pela vítima como a mandante do crime e foi presa no local.

Segundo relatos colhidos pela polícia, o pai da empresária teria ligado para ela durante o período em que a família estava em cativeiro, pedindo autorização para executar as vítimas. Lara teria autorizado por telefone.

Ao todo, sete pessoas foram presas e levadas à delegacia. A maioria dos suspeitos foi reconhecida pelas vítimas. (Foto: Reprodução)
Ao todo, sete pessoas foram presas e levadas à delegacia. A maioria dos suspeitos foi reconhecida pelas vítimas. (Foto: Reprodução)

Em uma das imagens publicadas nas redes sociais, Lara aparece ao lado do pai, com quem compartilha momentos na academia. Ambos vestem camisetas da Extreme Cross, empreendimento do qual ela é proprietária em Sorriso (MT). (Primeira Página)