A Rocinha, a maior favela do Brasil, localizada na Zona Sul do Rio de Janeiro, tornou-se o maior bunker do Comando Vermelho (CV) no estado, abrigando 1.500 fuzis nas mãos dos traficantes, segundo O Globo.
De acordo com a cúpula da Segurança Pública, o arsenal controlado pela facção criminosa é sete vezes maior do que o número de armas disponíveis em um batalhão da Polícia Militar (PMERJ). Apesar do cenário de violência, cerca de 72 mil pessoas vivem na região.
“Aqueles chefes tradicionais, que numa configuração clássica atuavam importando apenas armas para abastecer seu próprio território, acabaram. Hoje, devido ao capital acumulado, eles passaram a atuar também como atacadistas. Eles aproveitam o contato estabelecido com os fornecedores para adquirir, em larga escala, armas e drogas e revender esse material a qualquer criminoso disposto a pagar o valor cobrado. Assim, ganham o status de “matutos”, disse o delegado da Polícia Civil, Pedro Cassundé.
No mês passado, um drone da PM capturou imagens da fuga em massa de bandidos por uma área de mata da Rocinha, enquanto policiais realizaram uma operação. Investigadores apontam que a câmera conseguiu flagrar cerca de 400 homens, a maioria portando fuzis.
Segundo as autoridades, a favela tem sido procurada para ser o home office de bandidos de outros estados, assim como refúgio para estelionatários e assaltantes.
Origem dos Fuzis
Levantamento da Coordenadoria de Fiscalização de Armas e Explosivos da (Cfae) da Polícia Civil revelou que a maior parte dos fuzis apreendidos pelos policiais em 2024 tem origem dos Estados Unidos. Dos 358 armamentos confiscados no ano passado, 218 vieram dos EUA.
Em seguida, aparecem:
República Tcheca: 40.
Alemanha:19
Romênia: 16
Turquia: 12
Bélgica: 9
Suíça: 6
China: 4
Argentina: 3
Sérvia: 2
Rússia: 2
Israel: 2
Polônia: 1
Bulgária: 1
Coreia do Sul: 1
(Folha do Estado)