Defesa diz que ex-jogador estava se apropriando de bens do suspeito de matá-lo; veja vídeos

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O advogado Rodrigo Pouso está a frente da defesa do empresário Idirley Alves Pacheco (detalhe) Foto: Reprodução/Midianews

A defesa do empresário Idirley Alves Pacheco, acusado de matar o ex-jogador de vôlei Everton Fagundes, de 46 anos, afirmou que a vítima havia se aproximado do suspeito e de sua ex-esposa como “conciliador”, mas estaria, na verdade, se apropriando de seus bens durante a partilha pelo divórcio do casal.

Everton foi morto a tiros na noite de quinta-feira (10) nas proximidades da Avenida República do Líbano, em Cuiabá. A principal linha de investigação da Polícia é que o crime teria motivação passional.

De acordo com o advogado Rodrigo Pouso, o empresário negou a versão de crime passional e alegou uma extorsão, motivada por uma suposta interferência da vítima na partilha de bens do ex-casal, da qual Idirley acusou Everton de se “apropriar” de R$ 70 mil, um terreno e a própria caminhonete onde ele foi morto.

Segundo o advogado, a vítima almejava dinheiro e teria se aproximado como um conciliador do casal na separação, que aconteceu há alguns meses. “Mas a hora que ele [Idirley] deparou, essa pessoa [Everton] já estava levando tudo, inclusive era ele que estava dirigindo a caminhonete”, afirmou referindo-se à VW Amarok onde oconteceu o crime.

“O Everton se aproximou do casal com a versão de conciliar, mas estava fazendo a partilha dos bens e tudo ele levava, estava levando”, completou.

Na manhã do crime, segundo a defesa do acusado, Everton levou a ex-esposa de Idirley ao encontro dele, mesmo havendo uma medida protetiva, para entregar uma das caminhonetes e a parte que corresponderia a ele de uma chácara, fazendo a partilha.

O advogado não explicou como a vítima conseguiu, segundo o seu cliente, se apropriar dos bens do ex-casal.

Suposta dinâmica

O advogado não conseguiu esclarecer a dinâmica do crime, mas alegou que a arma usada por seu cliente para matar Everton estava com a vítima, e negou que o crime tenha sido premeditado.

Idirley teria se desfeito da arma durante a fuga e chegou a levar a Polícia até o suposto local em que se desfez dela, mas a arma não foi encontrada.

O advogado cita também uma faca, que não havia sido mencionada anteriormente pela Polícia. De acordo com a versão do acusado, em algum momento ele se apropriou de uma faca e depois de uma arma que estaria com a vítima.

O acusado, segundo o advogado, alegou que o primeiro disparo foi dado quando a vítima bateu o carro contra outro veículo e, em seguida, foram efetuados mais dois tiros.

“O Everton jogou o carro para cima do outro carro. O primeiro disparo foi no momento da batida e os demais ele deu sequencial”, disse.

De acordo com o advogado, a vítima teria mudado a rota e não mais levado seu cliente para casa, como teria sido combinado.

“Foi a hora que ele desceu para perguntar pra esposa o que estava acontecendo e ela se apavorou, e ele entrou atrás”. Foi depois disso, segundo o advogado, que Idirley, do banco de trás, supostamente toma a arma da vítima e atira quando acontece a batida.

O crime

Everton foi assassinado a tiros na noite de quinta-feira (10), nas proximidades da Avenida República do Líbano, em Cuiabá.

O atleta foi encontrado morto dentro da Volkswagen Amarok.

A prisão de Idirley foi decretada pela Justiça a partir de um pedido feito pela DHPP, e o empresário se entregou na manhã desta segunda-feira (14). (Midianews)

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