O deputado federal Carlos Bezerra (PMDB) afirmou que a emenda de R$ 82 milhões da bancada federal de Mato Grosso será destinada unicamente a compra de equipamentos para o novo Pronto Socorro de Cuiabá. A noticia foi recebida com alivio pelo prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB), após a bancada decidir que iria repassar somente R$ 32 milhões para a unidade de saúde que está sendo construída na Capital, enquanto R$ 50 milhões seriam repassados ao Estado para a quitação dos repasses atrasados com municípios e hospitais regionais.
“A bancada, sem me comunicar, se reuniu no dia 17 com a presença apenas do secretário-chefe da Casa Civil Max Russi e decidiram tirar R$ 32 milhões da emenda destinada a Cuiabá. Eu deixo aqui, como prefeito da Capital, a minha angústia, preocupação, desalento e indignação com a descortesia da bancada federal com os cuiabanos. E pior, com a falta de compromisso da bancada”, disse Pinheiro na manhã de quinta-feira (19).
Bezerra disse que foi informado por técnicos do Ministério da Saúde que não existe possibilidade da emenda ser destinada, em parte, ao governo do Estado, como havia sido acordado entre deputados e senadores que compõem a bancada mato-grossense em Brasília. A mudança na aplicação dos recursos da emenda impositiva da bancada foi decidida após reunião, realizada na terça-feira (17) em Brasília (DF), com o secretário-chefe da Casa Civil, Max Russi (PSB). Em junho deste ano, o governador Pedro Taques apresentou à bancada os números da saúde e pediu apoio para solucionar a crise financeira que gerou um déficit de R$ 162 milhões na área. Durante a nova discussão sobre o tema, o secretário-chefe da Casa Civil, Max Russi, informou que as medidas de austeridade adotadas pela gestão reduziram a dívida com os municípios, porém, o governo ainda precisa de apoio para fechar o ano com os repasses em dia. “(A bancada parlamentar) não retirou nada, já que R$ 50 milhões (estipulados para a obra) são do governo do Estado. Continuamos com a intenção de fazer o convênio de R$ 82 milhões com a prefeitura de Cuiabá para compra de equipamentos e isso não precisa ser feito agora, já que a obra está com cerca de 30% concluída”, argumentou Russi.