Uma mulher de 24 anos, identificada como Jeanne de Almeida, voltou a ser detida na noite de sexta-feira (27), em Várzea Grande, após abandonar o próprio filho, um bebê de apenas quatro meses, sozinho dentro de uma quitinete em estado precário. A criminosa já havia sido condenada a 18 anos por matar o companheiro queimado.
A ocorrência mobilizou o Conselho Tutelar e a Guarda Municipal, após uma denúncia anónima relatar que a criança era frequentemente deixada sem cuidados.
Condenada em 2024 pelo assassinato brutal do companheiro, Jeanne encontrava-se em regime semiaberto devido à maternidade recente.
Na nova ocorrência, as autoridades encontraram o imóvel desorganizado, com roupas espalhadas e sinais claros de negligência. Os agentes encaminharam o bebê à avó materna, que já assumiu a guarda de outros três filhos da detida.
O crime anterior que levou à sua condenação foi cometido por ciúmes: em maio de 2024, Jeanne ateou fogo ao colchão onde o marido, Deivison José da Silva, de 33 anos, dormia.
Após iniciar o incêndio, ela trancou a porta do quarto, impedindo qualquer tentativa de fuga da vítima, que acabou carbonizada. Jeanne foi presa pouco depois do homicídio e, na época, descobriu estar grávida já reclusa na Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto.
A recente prisão reacende o debate sobre a efetividade das medidas alternativas à prisão em casos de crimes violentos, especialmente quando há crianças em situação de risco.
O caso agora segue sob investigação da Polícia Civil, enquanto a mãe deve retornar ao regime fechado para cumprimento integral da pena. (Folha do Estado)
