A atriz Letícia Sabatella, conhecida popularmente por seu trabalho no cinema e em novelas como “O Clone” (2001-2002) e “Caminho das Índias” (2009), está acostumada a viajar por todo o Brasil. Ela permaneceu 15 dias em Cuiabá para as gravações do filme “Religare”, e se encantou com a capital mato-grossense. “Para mim, é um respiro muito grande na minha vida”, ela disse.
A entrevista ao Gazeta Digital foi concedida no quintal Flor Ribeirinha, no bairro São Gonçalo Beira Rio, onde algumas sequências do filme foram filmadas. A atriz se deslumbrou com o estilo de vida levado por aquela comunidade.
“Essa cultura daqui, do Flor Ribeirinha, eu fico imaginando o quanto isso salva muitas pessoas, porque eu sinto falta morando em um grande centro, e a gente perdeu essas tradições. Quantas doenças estão vindo por crianças que estão viciadas na internet, porque estão no apartamento, porque não tem mais isso”, argumenta.
Sabatella já esteve em Cuiabá em outras oportunidades, mas nunca teve tempo para mergulhar e conhecer mais a fundo a cultura. Em “Religare”, ela interpreta Eloah, uma viúva de um empresário do agronegócio que busca outras formas de lidar com a terra para se curar de uma doença grave.
O filme teve cenas gravadas em Chapada dos Guimarães, mas a atriz diz que deseja voltar para explorar a região com mais calma. Ela também contou ao Gazeta Digital que ainda deseja conhecer o Pantanal.
“Os maiores tesouros [de Mato Grosso] que é o Pantanal, a Chapada dos Guimarães, e saber que essas belezas estão muito ligadas a uma forma de cultura, a uma forma ribeirinha de vida, dos indígenas também, e se a gente não consegue preservar como um todo, as pessoas que sabem conviver com a natureza, que sabem conviver e preservar o rio, sabem lidar de uma maneira sustentável”, pontua.
Integrante do Movimento 342 Amazônia, a defesa do meio ambiente é um tema caro para Sabatella, que lamentou o retrocesso ambiental e de arborização tanto em Mato Grosso quanto em Cuiabá, esta que já foi conhecida como “cidade verde”.
“Saber que aqui já foi uma capital verde e que hoje precisa lutar para recuperar esse título que é tão honroso, sabendo que tem uma vegetação tão linda, que tem uma fauna tão especial, que tem uma cultura muito ligada a essa natureza que é fantástico. Enfim, tudo que a gente tem do Mato Grosso é muito rico”, disse. (Fonte: Gazeta Digital)