Vaticano reconhece martírio de padre assassinado em MT e beatificação está próxima

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A Igreja Católica reconheceu oficialmente, nesta segunda-feira (14), o martírio do padre italiano Nazareno Lanciotti, missionário assassinado em 2001 na cidade de Jauru, a 424 km de Cuiabá. A decisão, anunciada pela Santa Sé, abre caminho para sua beatificação, concedendo-lhe o título de beato.

Padre Nazareno foi morto em decorrência de sua atuação pastoral e defesa dos pobres e marginalizados. Segundo o Vaticano, ele foi vítima de perseguição por denunciar crimes como tráfico de drogas, exploração infantil e prostituição na região. O reconhecimento de seu martírio foi confirmado pelo Papa Francisco.

Natural de Roma, Lanciotti nasceu em 1940 e chegou ao Brasil em 1971. Durante 30 anos de missão, fundou a Paróquia Nossa Senhora do Pilar e mais de 50 comunidades eclesiais rurais no oeste mato-grossense. Também foi responsável pela criação de escolas, hospital, casa de repouso e seminário, além de liderar o Movimento Sacerdotal Mariano no Brasil.

A notícia foi celebrada por lideranças religiosas e políticas. O padre Wellynthon Oliveira, da Arquidiocese de Cuiabá, destacou que o decreto do martírio era o passo que faltava para a beatificação. O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado Max Russi, afirmou que o reconhecimento é uma homenagem à coragem do sacerdote, que “se tornou uma voz firme contra as injustiças em nossa sociedade”.

Padre Nazareno foi brutalmente atacado em 11 de fevereiro de 2001 e faleceu dias depois, aos 61 anos. Seu legado como defensor da fé e dos pobres agora ganha destaque como símbolo de santidade em solo brasileiro. (Fonte: Leiagora)