Família de suspeitos de elo com morte de grávida estariam sendo ameaçados

Fonte:

Os familiares de Nataly Helen Martins Pereira, de 25 anos, do seu esposo e do seu irmão, estão sofrendo ameaças de morte por causa do assassinato de Emelly Azevedo Sena, de 16 anos, que estava grávida de 9 meses, e foi brutalmente morta – tendo tido a sua bebê retirada da barriga, com uma faca, quando ainda estava viva.

A informação foi confirmada pela defesa de Nataly e dos suspeitos Christian Cebalho, de 28 anos, e Cícero Júnior, marido e irmão, respectivamente, da mulher que confessou o crime.

Segundo o advogado Ícaro Vione, a família tem recebido ameaças de terceiros pela internet e de pessoas que conseguiram os seus contatos pessoais. “É lamentável porque, assim, é um crime bárbaro. Choca a sociedade como um todo. Quando um caso desse acontece, há uma vítima, mas todos nós somos vítimas. Nathaly confessou o crime. Ela vai ser investigada agora. Futuramente, vai ser processada e julgada pela Justiça. Porém, as consequências dos atos dela não deveriam ultrapassar a pessoa dela que cometeu”, reclama Ícaro.

Nataly está presa, de forma preventiva, após confessar o assassinato. Ela afirmou, em depoimento, que cometeu o crime sozinha. Christian e Cícero foram ouvidos e liberados, visto que não havia elementos suficientes para decretar prisão em flagrante. Porém, a Polícia Civil continua investigando o possível envolvimento deles. Agora, tanto parentes de Nataly, quanto dos outros dois, estão sendo ameaçados.

“A família dela nada tem a ver com as consequências do que ela fez. Elas não foram vitimadas, não perderam a vida, mas são vítimas. Elas não têm culpa disso. A família toda foi impactada também. Eu não quero fazer juízo de valor. Uma tabela de quem foi mais impactado. Obviamente, uma vida tão jovem foi perdida. Só que o único ponto que eu quero salientar é justamente isso. Que a família nada tem a ver com isso”, pontuou.

O caso

Arquivo

Emilly Sena

Segundo a investigação da Polícia Civil e laudos da Politec, Nataly retirou a bebê da barriga de Emelly, com uma faca. A jovem morreu, em seguida, “ensanguinhada”, ou seja, perdeu todo o sangue. Além disso, foram identificados ferimentos porque ela foi enforcada com um cabo de internet e asfixiada com sacolas na cabeça.

Em seguida, Nataly confessou que jogou o corpo da adolescente em uma cova rasa, no quintal da casa do irmão dela. Nataly havia atraído a adolescente para a residência, no bairro Jardim Florianópolis, na terça-feira, com a desculpa de que teria roupinhas de bebê para doar. A jovem foi buscar as doações, quando caiu na emboscada.

A investigação aponta que Nataly retirou a bebê do ventre da adolescente, com um corte, enquanto ela ainda estava viva. Os cortes foram precisos. A suspeita ainda confessou, em seu depoimento à Polícia Civil, que antes de matar Emelly, pediu desculpas e falou que cuidaria da filha dela. (Fonte: RD News)