O banco Bradesco não atendeu o pedido da defesa do motorista Antônio Pereira do Nascimento, que recebeu R$ 131 milhões por engano em uma transferência bancária. O idoso passou por audiência de conciliação na terça-feira, 18. Sem acordo com o banco, a defesa disse à TV Anhanguera que vai seguir com o pedido de recompensa.
A defesa do idoso alega que ele tem direito ao percentual de 10% do valor que foi encontrado em sua conta bancária e devolvido em junho de 2023. O pedido é baseado no artigo 1.234 do Código Civil, que determina que, em caso de restituição de coisa achada, a pessoa tem direito a uma recompensa não inferior a 5% do montante.
O dinheiro foi parar na conta de Antônio por erro do Banco Bradesco. Por conta dos desgastes que afirma ter sofrido, ele entrou com uma ação cível pedindo recompensa. A defesa pede, além de uma recompensa de mais de R$ 13 milhões, uma indenização de R$ 150 mil por danos morais.
Correntista do Bradesco há 25 anos, idoso recebeu R$ 131.870.227,00 em junho de 2023. Assim que percebeu o dinheiro disponível, ele não pensou duas vezes e entrou em contato com o banco para devolver o dinheiro, segundo a TV Anhanguera, afiliada da Globo no Estado.
O dinheiro foi devolvido para o banco e o saldo da conta de Antônio voltou ao normal, contendo os R$ 227 que ele tinha antes de toda a confusão. Segundo foi apurado na época, o erro foi do próprio banco, que deveria fazer a transferência para outra instituição.
Mesmo sendo honesto, Antônio enfrentou diversos problemas, segundo ação inicial movida pela defesa do idoso. A defesa do motorista alega que ele sofreu pressão psicológica por parte do gerente da agência para que o dinheiro fosse devolvido, mesmo que isso tenha partido do próprio Antônio.
Conforme divulgado pela TV Anhanguera, a defesa argumenta ainda que ter ficado ‘milionário por um dia’ trouxe consequências para Antônio que, mesmo passados mais de um ano e meio, ainda afetam o cotidiano e giram em torno de abalos emocionais e cobranças indevidas.
O Terra procurou o Bradesco para saber um posicionamento do banco diante do processo. Em resposta, a instituição financeira respondeu que “não comenta caso sub judice”.
Fonte: Terra