Líder de quadrilha ‘dribla’ PM e destrói carrão durante fuga em Cuiabá

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Câmeras de segurança registraram o momento em que o criminoso Wellington de Moura Sanches, conhecido como Tatu, destrói um luxuoso SW4 que conduzia ao colidir com outro carro durante fuga, em Cuiabá. Tentando escapar de uma abordagem policial no último fim de semana, ele abandonou o SUV após o acidente e fugiu a pé.

Tatu possui um mandado de prisão em aberto. Em 2023, foi condenado a 18 anos de prisão por golpes na venda de carros de luxo em sites de negócios. Ele foi o principal alvo da Operação Imperial, deflagrada pela Polícia Civil em agosto de 2021 para desmantelar uma quadrilha que movimentou R$ 2,6 milhões em golpes online envolvendo a venda de carros em Cuiabá. Na ocasião, Tatu conseguiu prisão domiciliar para realizar uma cirurgia de hemorroida.

Conforme informações do Programa do Pop, da TV Cidade Verde, equipes da Polícia Militar, em rondas pela Avenida Carmindo de Campos, devido a um campeonato de futebol na região, visualizaram o SW4 trafegando pela Rua Santa Terezinha. O motorista aparentava estar com uma arma na mão.

Os policiais iniciaram uma perseguição para fazer a abordagem, mas o motorista acelerou e fugiu em alta velocidade. Um cerco foi montado com várias equipes na área e, durante a fuga, o bandido colidiu com outro veículo nas proximidades da Avenida Miguel Sutil. Depois, fugiu em direção ao bairro Pedregal.

Todas as equipes foram mobilizadas para a região e, perto da UPA do Jardim Leblon, os policiais encontraram um SUV com as mesmas características. O SW4 estava abandonado e com as portas travadas. Moradores perto de um campo de futebol informaram que viram um homem de camiseta preta saindo do carro. Aeronaves do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) deram apoio nas buscas ao fugitivo, mas sem êxito.

QUADRILHA

Segundo o processo, um relatório técnico elaborado em 2021, após uma quebra de sigilo bancário, apontou que “Tatu” movimentou entre janeiro de 2018 e setembro de 2019 a quantia de R$ 2,9 milhões. Cerca de 20% desse valor não foi identificado. Os fatos foram investigados na Operação Imperial, deflagrada em agosto de 2021.

À época, a Polícia Civil informou que houve uma grande movimentação de valores durante a quebra de sigilo entre as contas correntes de Edson da Silva Taques Júnior, Rosana dos Santos Marques e a RBR Veículos, que também fariam parte da quadrilha. Foram identificados o fracionamento de depósitos e saques, além de uma “confusão patrimonial” entre os investigados.

De acordo com as investigações, a quadrilha liderada por Wellington Sanches “recrutava” criminosos para os roubos de carros de luxo – fornecendo, inclusive, armas de fogo e locais para guarda dos veículos. Posteriormente, os bens eram comercializados a preços abaixo do valor de mercado em plataformas online de vendas, como a OLX e o Facebook.

“Recrutavam criminosos para praticar as subtrações dos veículos, fornecendo armas de fogo, contratando locais para guardar os automóveis, falsificando documentos, adulterando placas e vendendo veículos abaixo do preço, em sites como OLX e Facebook”, diz trecho do processo.

Fonte: Folhamax