O canteiro que se tornou um espaço ocupado por moradores em situação de rua, com barracos e “moradias” improvisadas de lona próximo a Rodoviária de Cuiabá será desocupado nos próximos meses pela Prefeitura de Cuiabá, anunciou o prefeito Abilio Brunini (PL), nesta sexta-feira (17), após visita ao local.
A visita foi feita nesta manhã, juntamente com o desembargador Orlando Perri, para avaliar a situação e definir uma solução emergencial. No local, que fica em um canteiro na rotatória próxima a rodoviária, no bairro Alvorada, virou espaço para dependentes químicos e outras pessoas em situação de vulnerabilidade. Há muito lixo espalhado por todo o espaço.
onforme o prefeito, o Município irá apresentar ao Ministério Público Estadual (MPE) uma proposta de ação para a desocupação do local.
“Nós não vamos permitir mais que continuem em lugares como esse, sendo tratados desse jeito. Mas antes disso, vamos fazer uma limpeza do local, na segunda-feira [dia 20], provavelmente, pela Secretaria de Limpeza Urbana. E eles tiram tudo do barraco que não pertence a eles, o que é lixo. Vamos limpar e vamos apresentar uma proposta de realocação para que essas pessoas possam estar em outro local, saindo aqui desse ponto”, explicou.
Kethlyn Moraes
De acordo com Abilio, a proposta inicial é montar um Centro de Apoio em um prédio da antiga Secretaria de Assistência Social, na Avenida das Torres, onde será oferecida assistência em saúde, social, com apoio de psicólogos e outros profissionais.
“Não vamos aceitar mais a continuidade desse sistema sendo abastecido pelo tráfico de drogas no nosso município. Nós vamos instalar câmeras de segurança, em parceria com o Vigia Mais, para rastrear, inclusive, os fornecedores que ficam abastecendo esses pontos com as drogas. Eu não estou só falando do tratamento da droga. Também tem gente que não usa droga. Estou falando de um tratamento psicológico, emocional, um cuidado com a saúde humana, para que essas pessoas possam se reestabelecer diante da sociedade. Aqui é quase um suicídio”, criticou.
Kethlyn Moraes
O gestor defendeu ainda que as ações terão que ser contínuas e descartou a possibilidade de uma medida compulsória para a remoção desses moradores das áreas ocupadas.
“Não existe usocapião de áreas públicas. Barracos e tendas e qualquer coisa que seja instalada em uma área pública terá um planejamento para sair. A única coisa que a gente está garantindo é a parte social. Ao acontecer a remoção, tem a garantia de um abrigo, um albergue. Mas permanência no local não vai acontecer”, concluiu. Segundo Abilio, a remoção dessas pessoas irá acontecer assim que a prefeitura consiga reestabelecer os lugares e apresentar ao Poder Judiciário para onde essas pessoas irão.
Fonte: RD News
