Politec identifica 4ª vítima enterrada em cemitério do CV em Lucas do Rio Verde

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A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) já identificou quatro vítimas encontradas enterradas em um cemitério clandestino em Lucas do Rio Verde, localizado pela Polícia Civil na última sexta-feira (10.01). As vítimas foram identificadas por meio do método papiloscópico, que consiste no confronto das impressões digitais.

No cemitério clandestino atribuído ao Comando Vermelho, foram encontradas dez covas, onde estavam cinco ossadas e seis corpos, totalizando 11 vítimas. Parte dos corpos estava em processo de esqueletização.

O primeiro corpo identificado foi de Rafael Pereira de Souza, no sábado (11). Ele era natural de Rondonópolis e tinha 34 anos. Além dele, também foram identificados:

  • Wilner Alex de Oliveira Silva
    Data de Nascimento: 24/01/1995
    Local de nascimento: Poxoréu -MT
  • Andris David Mattey Nadales
    Data de nascimento: 09/09/2005
    Local de Nascimento: Venezuela
  • Mateus Bonfin de Souza
    Data de Nascimento: 13/04/2006
    Local de nascimento: Lucas do Rio Verde

Os restos mortais encontrados em fase de esqueletização foram enviados para as unidades de Medicina Legal da Capital, para exames antropológicos e de necropsia, e coleta de material genético para exame de DNA.

Identificação Técnica

A Politec orienta aos familiares de pessoas desaparecidas em Lucas do Rio Verde e região para que compareçam à delegacia de Lucas do Rio Verde, onde serão direcionados para a coleta de material genético em uma das unidades de Medicina Legal do Estado. O material é necessário para o confronto genético com as amostras biológicas das vítimas encontradas no cemitério clandestino do município.

Caso a pessoa desaparecida tenha realizado algum tratamento dentário, é aconselhável que a família obtenha com os dentistas o prontuário odontológico da vítima, especialmente exames de imagem (radiografias e tomografias, por exemplo), e o forneça ao IML.

Para a doação do material genético é necessário que o grau de parentesco dos familiares do desaparecido seja ascendente (pai, mãe, filho, ou mais de um irmão).

A coleta é simples e indolor, com uma espécie de cotonete, que é passado na parte interna das bochechas da pessoa. Os materiais biológicos coletados serão processados e inseridos no Banco Nacional de Perfis Genéticos no laboratório forense da Capital.

Caso seja identificado um possível parentesco com os dados de alguma pessoa falecida, os peritos informarão a unidade de Medicina Legal de Lucas do Rio Verde, que entrará em contato com os familiares para que sejam realizados os procedimentos legais de liberação da unidade.