O prefeito por Cuiabá, Abilio Brunini (PL), disse que nunca rejeitou ajuda do governo federal sob gestão do presidente Lula (PT), entretanto, não vê necessidade de ficar “bajulando” o petista para conseguir atrair recursos para a Capital. Este serviço, segundo ele, pode ser feito pelo deputados federais e senadores, por meio da destinação de emendas e relacionamento em Brasília. Declaração foi feita na sexta (10) durante agenda em conjunto com o governador Mauro Mendes (União).
Abilio decretou estado de calamidade financeira e, durante entrevista dias atrás, alegou que não pediria socorro do Governo Federal, já que ele não teria socorrido o Rio Grande do Sul, na tragédia das enchentes no ano passado. Diante deste cenário, o governador, que tem pregado a obrigação de que municípios façam o dever de casa com um ajuste fiscal, foi questionado se decisão de Abilio seria sensata. Porém, Abilio interrompeu a coletiva e afirmou que nunca rejeitou recursos de Lula.
“Eu não falei que nós não vamos receber recursos do Governo Lula, isso eu não falei. Falei que não é necessário a gente lá passar para o Governo Lula [o estado de calamidade financeira], já que ele não ajudou o Rio Grande do Sul. Mas os recursos dele a gente aceita. Todos os recursos federais a gente aceita. Todo convênio, todo contrato, todo repasse que o Governo Federal quiser passar para a gente, a gente aceita”, disse o liberal.
Abilio pertence à base de apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e tem dificuldades de se relacionar com a esquerda. Contudo, ele alega que não vê empecilhos para receber recursos, caso a bancada federal execute a sua missão de dialogar com o presidente e seus representantes.
“A gente não vai se negar a receber ajuda de ninguém. Agora, eu não preciso ficar bajulando o Governo Lula para isso. Tem os deputados federais, os senadores que fazem essa discussão com Brasília e encaminham isso para nós”, completou.
Mauro, por sua vez, relatou que não poderia comentar a declaração de Abilio: “Quem tem que responder sobre isso é o prefeito Abílio. Eu não posso ficar comentando falas de autoridades constituídas […] Todo mundo tem o direito de dar as suas opiniões, de expressar”.
Fonte: RD News