O deputado estadual Gilberto Cattani (PL) afirmou que não existiu crime na suposta arquitetura de uma tentativa de golpe feita por militares e apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), segundo denúncia da Polícia Federal.
“Não estou dizendo que houve arquitetura de golpe, vocês estão querendo colocar palavra na minha boca. Não houve arquitetura de golpe. Mas se houve, não foi crime, pois crime só acontece quando você pratica”, disse.
Em seguida, ele afirmou que houve a arquitetura para um golpe, mas não para matar três pessoas, que seriam o presidente Lula (PT), o vice Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do STF Alexandre de Moraes, segundo a PF.
“Houve uma arquitetura de tentativa de golpe… Não era uma arquitetura de tentativa de matar três pessoas? Eu posso querer matar uma pessoa, vou lá e falo, se eu não sair para cometer esse crime, não existe crime. Então não existe como condenar uma pessoa se não tem um crime”.
Questionado se Bolsonaro poderia ter cometido crime de prevaricação, por saber da tentativa de golpe e não denunciar, Cattani chamou o ex-presidente de “íntegro” e “honesto”.
“De forma nenhuma [ele prevaricou]. O Bolsonaro é um cara idôneo, íntegro, cara honesto, trabalhou a vida toda por uma política justa no nosso país, merece todo o nosso reconhecimento”.
Por fim, ele negou que seria favorável a um possível golpe. “Ninguém é favorável a golpe de estado, ninguém”.
Segundo o relatório da PF, uma minuta golpista teria sido elaborada pelo próprio Bolsonaro com o apoio de um núcleo jurídico e havia até data certa para o ex-presidente assinar o decreto: 15 de dezembro de 2022.
A investigação da PF também apontou que o ex-presidente planejou, atuou e teve domínio no planejamento do golpe. O plano, inclusive, teria sido impresso em uma impressora de dentro do Palácio do Planalto. Fonte: Midianews
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