“Fiz o que qualquer mulher que se sinta ameaçada ou em risco deve fazer”, foi o que disse a coronel PM Vânia Rosa, (Novo) após ser perseguida pelo ex-marido, o também coronel PM Ronaldo Roque da Silva, de 48 anos. Este foi o primeiro pronunciamento da candidata a vice-prefeita após o ocorrido na quinta-feira, 17 de outubro.
Por meio de nota, Vânia disse que aplicou o que sempre orientou como comandante da Patrulha Maria da Penha, em Cuiabá. Ela pediu a outras mulheres, que tomem como exemplo o ocorrido e denunciem pequenas ou grandes violências passadas.
“Fiz o que qualquer mulher que se sinta ameaçada ou em risco deve fazer: encorajar-se para mudar uma visão social que ainda se envergonha de expor as pequenas e grandes violências passadas pelas mulheres e suas famílias. E que sirva de exemplo para outras mulheres denunciarem os diversos tipos de violência que sofrem, como a doméstica, psicológica, moral, patrimonial, sexual, dentre outras nuances da falta de respeito”, diz trecho da nota.
O caso
Conforme o boletim de ocorrência, ela buscou abrigo no pátio do 1º Batalhão da Polícia Militar, na Avenida XV de Novembro. Ela conduzia um VW Virtus de cor preta enquanto o ex-marido dirigia um veículo VW de cor prata. Conforme narrado, os carros deles deram uma volta no pátio e depois pararam por alguns instantes, saíram da unidade policial e, após alguns minutos, retornaram.
Em um determinado momento, o condutor do carro prata desceu do veículo e bateu no vidro do carro dela e pediu para baixar o vidro, entretanto, ela não abriu.
Testemunhas que estavam no local relatam que Vânia está sendo perseguida há mais de 30 dias. O capitão Hugo Rafael conversou com Roque, que respondeu não estar havendo nada. Foi presenciado que o coronel Roque teria chamado Vânia de “barraqueira”.
Alguns minutos depois ele entrou em seu veículo e deixou o local.
Vânia estava abalada e não conseguiu falar com os polícias que estavam naquele momento presenciando a cena. O comandante do 1º Batalhão foi acionado para dar suporte à mulher, que faz parte da corporação.
Vânia relatou que está separa há 30 dias e que estaria sofrendo perseguição do ex-marido e que vai analisar as medidas a serem tomadas no caso. Ela foi embora escoltada por policiais militares.
Fonte: Estadão de MT
