Os casos de chikungunya explodiram em Mato Grosso em 2024 e já acionam um alerta para os próximos meses, com a chegada da chuva. Mesmo em um dos meses mais secos do ano, setembro registrou 245 ocorrências da doença, ante 23, no ano passado, conforme dados do Ministério da Saúde. Um crescimento de 965% na comparação. Mulheres são 63% das vítimas.
Febre, dores nas articulações e nas costas movimentaram o pronto-atendimento das unidades de saúde no Estado, isso porque, no total, foram registrados 20,6 mil casos da doença até a última atualização feita pela pasta, realizada na quinta-feira (17), em todo o ano de 2024.
O que chama a atenção é que ao longo de 2023, foram registrados apenas 349 casos da doença no Estado. O aumento foi de quase 100.000% em relação ao ano anterior. O destaque foi para setembro, mês de temperaturas recordes neste ano em Mato Grosso, além de um período de estiagem severa: 245 casos da doença no mês. No mesmo período do ano passado, foram apenas 23.
Em outubro deste ano, já foram 31 registros até o momento, enquanto que em 2023, foram 41. No entanto, com a chegada do período chuvoso, é necessária maior atenção com a doença, visto que o hospedeiro do vírus é um mosquito que se desenvolve em água parada e pode transmitir, além de chikungunya, dengue e zika.
Ainda conforme dados divulgados, mulheres entre 40 e 49 anos são as mais afetadas pela doença. Ao todo, entre os pacientes diagnosticados com chikungunya, 63% são mulheres e 37% são homens.
Até o momento, 14 pessoas morreram por complicações da doença, outras quatro mortes ainda estão sendo investigadas.
Fonte: Leiagora
