A cuiabana Carlene Grubman, que mora há 24 anos na Flórida, nos Estados Unidos, relata que o furacão Milton passou na madrugada desta quinta-feira (10) em frente a sua casa, em Palm Beach, e destruiu telhados e partes de casas na região.
“É muito vento, a gente sentia o vento passando no telhado como se fosse arrancar ele. Eu olhava pela janela, as partes que tampei são claras e dava para ver o oceano, com muitos raios. Passaram vários tornados, carros virados, carros foram parar no telhado das casas. É assustador. E não tem para onde correr”, conta.
Carlene mora na ilha e, durante a passagem do furacão Milton, foi para um banheiro, onde não tinha porta nem janela para a área externa, para poder se proteger.
A passagem do furacão Milton atingiu o solo da Flórida na noite de quarta-feira (09) e deixou pelo menos dez mortos, até o momento, segundo autoridades locais. No entanto, em Palm Beach, passou só a ponta do furacão, o que fez com que os ventos não fossem tão destruidores como em outras regiões.
Por ser uma área envolta de água, o perigo é maior caso o olho do furacão chegue no local, já que ele ganha força com a água. A empresária afirma que, todo ano, a “estação do furacão” começa no dia 1º de junho e vai até 1º de novembro.
“Todo ano é uma apreensão, um medo, nesse período. Tem anos que temos mais sorte. A nossa área já teve previsão ter o pouso de furacão, mas em uma área desse tamanho, que é uma ilha, tudo seria destruído. Mas de última hora ele desviou”, diz.
A família de Carnele, que mora toda em Cuiabá, fica preocupada com a situação. “Recebendo mil ligações por dia, todos ficam muito apreensivos, mas estou mantendo eles informados”, diz.
O maior perigo passou na região, mas os tornados deixaram rastros de destruição. Agora, serão apurados os danos. As lojas e estabelecimentos hoje não abriram e deve demorar alguns dias para a rotina voltar a ser restabelecida.
Fonte: RD News