Polícia ‘caça’ grupo que executou e carbonizou pai e filho

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A Polícia ainda não tem pistas dos integrantes de uma facção criminosa que sequestrou, torturou e matou carbonizados Raimundo Rodrigues e Thiago Ventura, pai e filho.

Para a Polícia, prender os criminosos não é apenas uma questão de Justiça, mas também de honra, diante de um crime hediondo, com requintes de crueldade, e que envolve uma “guerra” entre as facções Comando Vermelho (CV) e Primeiro Comando da Capital (PCC).

A Polícia Militar e a Polícia Civil utilizam seus setores de Inteligência, na busca pelos criminosos.

Um policial da DHPP disse à reportagem do DIÁRIO, na noite de terça-feira (8), que, apesar da ausência de pistas, a Polícia espera desvendar o mistério do caso em poucos dias, ou até em poucas horas.

CRIME BÁRBARO – Os dois corpos encontrados pela Polícia carbonizados, dentro de um carro incendiado, no domingo (6), já foram identificados como Raimundo Rodrigues, e Thiago Ventura, mas seguem no IML.

As vítimas, segundo a Polícia, podem estar envolvidas em uma “guerra” entre facções criminosas.

Além da morte cruel por tiros e carbonização de corpos dentro do porta-malas do carro, as duas vítimas também foram torturadas antes de morrer, e tiveram as orelhas e os dedos das mãos arrancados.

As primeiras constatações foram informadas pelo delegado Nilson Farias, da equipe de investigações da Delegacia Homicídios (DHPP), de Cuiabá, que preside o inquérito aberto para apurar o caso.

“A princípio, as investigações apontam que trata-se de pai e filho, que foram algemados um ao outro e tiveram os corpos carbonizados com o veículo”, disse o delegado.

Em um das linhas de investigações, segundo Nilson Farias, é de que a morte brutal possa ter sido motivada por briga entre facções criminosas.

Ainda segundo o delegado da DHPP, isso porque, inicialmente, foi verificado que as vítimas foram torturadas em uma espécie de “tribunal do crime”.

“As investigações estão apontando que elas foram torturadas, tiveram que confessar que participavam de outra organização criminosa e, enquanto não confessaram, iam sendo agredidos de forma brutal.  A informação que temos aqui, inclusive, é de que chegaram a arrancar dedos e orelhas desses indivíduos antes de matá-los e atear fogo nos corpos”, disse.

O delegado Nilson Farias confirmou que ainda não tem pistas dos assassinos, mas garantiu que as investigações e as buscas podem chegar até eles no mais rápido de tempo possível. Até o momento, ninguém foi preso

ENTENDA O CASO – As polícias Civil e Militar localizaram duas pessoas carbonizadas no porta-malas de um carro, na localidade de Passagem da Conceição, na zona rural de Várzea Grande (Grande Cuiabá).

O caso foi registrado por volta das 7h30 da manhã de domingo (6) pela Polícia Militar e por policiais da Delegacia de Homicídios (DHPP), que fez a liberação dos corpos para o IML, e deu início às investigações.

O carro de placa SGT-2F96, de modelo não divulgado, foi abandonado pelos criminosos às margens do Rio Cuiabá.

O carro também foi incendiado, e quando os policiais chegaram ao local, ainda encontraram fumaça saindo de dentro do porta-malas.

A reportagem apurou que policiais da DHPP ainda desconhecem os motivos de tanta violência, mas não descartam um “acerto de contas”, uma “queima de arquivo” ou, até mesmo, uma “guerra entre facções”.

Fonte: Diário de Cuiabá