Ao todo nove pessoas morreram devido à disputa por terra no garimpo ilegal localizado na Terra Indígena Sararé, em Pontes e Lacerda (444 km de Cuiabá) na última semana. A primeira morte foi a de Flávia Melo de Miranda Soares, de 20 anos. Ela foi ‘desovada’ em um hospital do município por duas caminhonetes. O namorado dela também foi baleado e permanece sob cuidados médicos.
Depois da morte de Flávia, a polícia recebeu informações de que havia mais corpos no garimpo. Foi assim que José Roberto Ribeiro da Silva, de 19 anos, David Henrique França Lima e Cleuber da Silva Oliveira foram encontrados, todos sem vida.
O delegado João Paulo Berté, responsável pela investigação, em entrevista à imprensa local, afirmou que as mortes têm ligação com disputas territoriais entre os garimpeiros ilegais.
“A princípio, ao que tudo indica, é uma situação de conflito por área de exploração. As informações mais concretas que temos é que se trata de um conflito entre os garimpeiros por uma área específica de exploração”, disse.
Dias depois, cinco garimpeiros morreram em confronto com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) durante uma fiscalização. A troca de tiros aconteceu após seguranças dos garimpeiros se recusarem a deixar os fiscais adentrar no local.Os cinco foram atingidos e morreram ainda no local.
Os mortos foram identificados como Elivelton Sales Pinho, de 31 anos; Iterlan da Silva Souza, de 29 anos; Wellington Souza Monteiro, de 25 anos; Samuel Jesus Ribeiro, de 38 anos e Adevaldo Rodrigues Pego, de 53 anos. (HNT)