O professor Carlos de Souza Pedrosa, de 58 anos, que foi encontrado morto dentro de um freezer, deu abrigo para os dois jovens, de 19 anos, suspeitos de matá-lo, em Tangará da Serra, a 242 km de Cuiabá. A vítima, que era aposentada, estava desaparecida há cerca de 20 dias, e foi encontrada nessa segunda-feira (26). Um dos suspeitos foi preso e o outro é procurado pela polícia.
De acordo com o delegado responsável pela investigação, Adil Pinheiro, Carlos morava sozinho e acabou dando abrigo temporário para os jovens.
“Essa dupla estava meio que morando na casa desse senhor e se aproveitava que ele morava sozinho e da condição financeira dele. Eles também usavam o local como ponto de uso de droga, sempre saíam e voltavam, aproveitando da boa vontade da vítima”, contou.
Segundo o delegado, o professor compartilhou com os jovens o plano que tinha de vender tudo e se mudar da cidade, o que incomodou a dupla.
“Vendo que ficariam sem um lugar para ficar e também por alguns desentendimentos pelo uso excessivo de álcool e drogas, mataram a vítima com golpes de faca. No mesmo dia, dia 5, saíram para a rua com cartões de crédito da vítima e foram presos”, explicou.
Ainda no dia 5 deste mês, os jovens foram ouvidos na delegacia e autuados por furto de cartões. Em seguida, foram encaminhados à Justiça e soltos. Dois dias depois, foi registrado o boletim de ocorrência sobre o desaparecimento do professor.
Investigações
Corpo da vítima estava dentro de um freezer jogado às margens de estrada — Foto: Doni Vilanova/TVCA
O delegado contou que, mesmo após a soltura da dupla, a polícia seguiu com as investigações para identificar quem era o dono dos cartões encontrados com os suspeitos. Durante as buscas, na casa de uma tia do suspeito, foram encontrados alguns móveis pertencentes ao professor. O jovem foi localizado logo depois e confessou o crime aos policiais, indicando ainda a localização do corpo.
O segundo suspeito também já foi identificado, mas segue foragido, de acordo com a Polícia Civil.
A Perícia Técnica e o Instituto Médico Legal (IML) foram acionados e encaminharam o corpo para exames de necrópsia.
Fonte: G1 MT