Em depoimento à Polícia Civil, o caminhoneiro Raimundo Nonato Santos Pinto, de 46 anos, afirmou que achou que a travesti Indianara, quem ele atropelou e matou, era uma usuária de drogas que queria o roubar. Raimundo foi preso no domingo (4), acusado de homicídio doloso por motivo torpe e fútil.
O acidente aconteceu na manhã de sexta-feira (2), no estacionamento de um posto de gasolina no bairro Novo Mundo, em Várzea Grande. À ocasião, amigos de Indianara relataram à Polícia Civil que ela havia recebido uma ligação de um cliente para fazer um programa sexual por volta das 6h.
Então, ela foi até a carreta de Raimundo, batendo na lateral da cabine para que ele abrisse a porta. Ele, no entanto, começou a fazer movimentos de zigue zague pela pista, ocasionando o atropelamento.
Contudo, Raimundo contou uma versão diferente às autoridades. Ele contou que saiu de Sinop (500 km de Cuiabá) e passou a noite no posto Marajó, em Várzea Grande.
No local, ele pensou que seria roubado por Indianara, pois ela apareceu, querendo entrar na cabine do caminhão, que segundo ele, estava em movimento.
Então, ele acelerou e deixou o estabelecimento comercial. Raimundo afirma que não viu Indianara e se tivesse visto, teria parado e prestado socorro.
Depois, seguiu viagem e rumou para Rondonópolis (216 km da Capital). No meio do trajeto, recebeu uma ligação da advogada da empresa e de um funcionário, perguntando se havia acontecido alguma coisa.
Raimundo negou e afirmou que apenas um ‘noiado’ queria o roubar e ele acelerou. Então, o ‘noiado’ ficou preso. O caminhoneiro narrou, ainda, que havia comprado uma passagem para Goiânia (GO) e de lá iria para Salvador, na Bahia, onde contrataria um advogado e prestaria depoimento à polícia.
Raimundo foi preso pela Polícia Militar na rodoviária de Rondonópolis no domingo (4). Ele passará por audiência de custódia às 10h desta segunda-feira (5). (HNT)