Investigado por morte de advogado tem histórico de contratar pistoleiros, diz delegado

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Principal suspeito de ter ordenado o assassinato do advogado Renato Nery e que foi alvo de busca e apreensão em Guarantã do Norte (709 km de Cuiabá), na manhã desta terça-feira (30) é de alta periculosidade e já responde processos por contratar pistoleiros para matar desafetos. As informações foram repassadas pelo delegado Bruno Abreu, que lidera as investigações do caso, em entrevista à Rádio Capital.

“A gente ainda não sabe exatamente a participação dele, se foi de executar ou emprestar a arma. Ele tem diversas passagens de homicídios e diversos processos de participação em homicídios e histórico de contratar pistoleiros para executar homicídios. O passado dele é esse aí”, informou Bruno Abreu.

Renato Nery foi alvejado quando chegava ao seu escritório na manhã de sexta-feira (5). Um, dos sete tiros disparados, atingiu a cabeça do advogado que chegou a ser socorrido, passou por cirurgia de urgência, mas morreu na UTI de um hospital particular de Cuiabá na madrugada do dia seguinte.

Apesar das ordens judiciais, a equipe da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) não conseguiu apreender o armamento do suspeito. Isso porque, ele ofereceu resistência e afirmou ter escondido as armas.

Ele possui uma pistola Glock de calibre 9mm, o mesmo encontrado na cena do crime. O objetivo da polícia era justamente confrontar o armamento apreendido com os recolhidos no dia do crime, em exame de balística. Contudo, a recusa do investigado impossibilitou a ação das autoridades.

caso roberto nery
Foto: Camila Ribeiro/HNT

 Cartuchos recolhidos na cena do crime

Ainda conforme Abreu, testemunhas relataram que o assassino de Renato Nery possuía uma silhueta semelhante a do suspeito. Ele, por sua vez, é um exímio atirador e tem familiares na Capital.

“Ele sabe atirar, é atirador de elite e profissional. Ele tem todas as características do atirador. Mas o modus operandi dele é de contratar pessoas para executar o crime. Então pode ser que ele contratou pessoas para realizar esse crime, tendo em vista que a família dele mora em Cuiabá”, afirmou o delegado.

Até o momento, ninguém foi preso. As investigações continuam para elucidar o caso. (HNT)