O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB), decretou ‘tolerância zero’ às obras paradas na capital mato-grossense. O chefe do Executivo municipal já havia falado da questão em outras oportunidades, mas nessa segunda-feira (6), por meio de decreto, criou uma comissão que irá levantar todas as informações referentes as obras ‘travadas’. A normativa do prefeito circulou no Diário Oficial de Contas e estipulou que o secretario municipal de Governo, Carlos Roberto da Costa, será o responsável pela Comissão Especial de Obras Públicas.
“A Comissão Especial de Obras Públicas ao final do diagnóstico elaborará um relatório pormenorizado da situação das obras públicas, devendo constar, também, o percentual de execução das respectivas obras, bem como as razões específicas alusivas às eventuais paralisações daquelas”, consta no decreto do Executivo.
O prefeito já havia falado no dia xx durante a cerimônia de início das obras de duplicação da rodovia MT-010 (Estrada da Guia), junto ao governador do Estado Pedro Taques (PSDB), que não aceitaria obras paradas em sua gestão. “Não admito obras paradas, isso é um total desrespeito a população cuiabana. Há obras da saúde juntando mosquito transmissores de doenças e isso não pode ser concebido por um gestor público”, ponderou na oportunidade.
Além disso, Emanuel também disse que está ciente dos graves problemas da cidade. “Cuiabá é a melhor capital do país e nós nos esforçaremos para cuidar da ‘Cuiabá dos 300 anos’. Nosso grande desafio é transformar essa cidade na capital do desenvolvimento econômico. A Saúde, a infraestrutura e a logística precisam ser revistos”.
Ao Olhar Direto, o prefeito já havia prometido destravar as obras paradas em Cuiabá. “A maioria das obras paralisadas são objetos de convênios com a União e os recursos não foram repassados. Por isso, conversei com o senador Wellington Fagundes e os deputados [federais] Carlos Bezerra, Valtenir Pereira e Ezequiel Fonseca sobre o tema. Todos vão ajudar Cuiabá”, justificou ele.
Os motivos pelos quais as obras foram paralisadas são os mais diversificados possíveis. “A paralisação da obra pode ser por diferentes motivos, como falta de repasse do governo federal, empresas que faliram, brigas judiciais, problemas fundiários, problemas em licitações, erro de projeto e até mesmo a questão ambiental. “O que não pode é ficar os esqueletos a céu aberto, prejudicando a população e desperdiçando o dinheiro público. Não tem obra mais cara do que a obra abandonada!”, avaliou ele.