Semob confirma que motorista que atropelou jovem não tinha autorização para trafegar na Miguel Sutil

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A Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob) confirmou que o motorista Isrrael Silva Schwarz não possuía autorização para trafegar na avenida Miguel Sutil, onde atropelou e matou a motociclista Maria Clara Mendes de Oliveira, de 21 anos, na terça-feira (9). Com o impacto, ela foi desmembrada.

Conforme a Pasta, veículos que possuem o peso acima de 24 toneladas, devem obter uma autorização especial da Semob. A de Isrrael estava vencida desde 30 de maio do ano passado. Pela infração de trânsito, ele foi multado em R$ 130,16 e perdeu quatro pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

“Conforme as diretrizes estabelecidas na Lei de Uso e Ocupação do Solo Urbano, n° 5463/2011, que disciplina a circulação de veículos de carga e operações de carga e descarga no município, atualmente é permitida na capital a circulação apenas de veículos automotores com Peso Bruto Total (PBT) de até 10 toneladas (caminhões com dimensões compactas), com ou sem carga, em qualquer horário. Já os veículos que possuem o peso acima de 24 toneladas, devem obter uma autorização especial da Semob. A pasta ainda permite que os veículos de carga circulem nas vias da capital das 11h30 às 13h30 e das 17h30 às 19h30”, traz trecho da nota da Semob.

O acidente foi registrado na tarde de terça-feira (9). Maria Clara estava em uma motocicleta e seguia pela Miguel Sutil em direção a rotatória que dá acesso ao bairro Coophamil quando foi ‘fechada’, atropelada e arrastada pelo caminhão conduzido por Isrrael. Ela foi desmembrada e seus restos mortais ficaram espalhados pela pista.

Segundo as investigações conduzidas pelo delegado Christian Cabral da Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito (Deletran), o motorista agiu com negligência ao invadir a pista em que a motociclista estava.

“Estamos apurando. O que temos nas imagens é que ele invadiu a faixa onde estava a motociclista, sem respeitar a preferência e em uma análise preliminar, estava em velocidade acima da permitida no local. A culpa é exclusiva dele, a motociclista estava totalmente certa naquela situação”, informou Cabral ao HNT.

A Polícia Civil aguarda a perícia feita pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) para confirmar a velocidade exata do veículo no momento do acidente.

Mesmo com a gravidade do caso, o condutor responderá pelo crime de homicídio culposo na direção em liberdade. Isso porque, o Código de Trânsito Brasileiro concede ‘imunidade’ aos motoristas que permanecem no local depois de um acidente com vítima.

“Ele ficou no local, se ele tivesse alguma irregularidade, embriagado ou se tivesse tentando foragir, ele teria tido a prisão consumada. Nesse caso, como ele tem essa imunidade, ele veio para a Delegacia, foi interrogado e vai responder em liberdade”, explicou Christian Cabral.

Já Isrrael alega que não conseguiu ver a motociclista e que ela estava no ponto cego do veículo de carga. Por meio de nota, através de seus advogados, ele externou suas condolências à família de Maria Clara e se colocou à disposição das autoridades. (HNT)