Após surpreender a todos a decisão de não apoiar o Projeto de Lei 1904/24, mais conhecido como “PL do Aborto”, o deputado federal Nelson Barbudo (PL) sugeriu substituir a proposta por uma matéria que visa instituir castração química para estupradores, além de aumentar a pena em 30 anos para o crime.
“Eu já sou co-autor do novo PL, nesse que coloca a castração química para o estuprador e eu queria também nos colocássemos a pena máxima para 30 anos. Junto da castração química”, declarou o parlamentar em entrevista ao Jornal do Meio Dia (TV Vila Real), nesta quarta-feira (26).
Barbudo assumiu a vaga de Amália Barros (PL) na Câmara Federal, após o falecimento da parlamentar em 12 de maio.
Com metade da bancada mato-grossense apoiando a medida, como Abílio Brunini (PL), José Medeiros (PL), Coronel Fernanda (PL) e Coronel Assis (União), a proposta que foi apresentada em caráter de urgência na Casa de Leis federal, teve a negativa de Barbudo, conhecido por agregar uma política alinhada a conceitos de direita. Daí a surpresa.
“A minha consciência não ficaria em paz sabendo que no bojo do projeto a vítima tem uma pena maior que a do seu algoz”, argumentou o parlamentar que ainda acrescentou uma crítica ao presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL):
“Nós não podemos aceitar que o presidente Arthur Lira coloque um projeto dessa magnitude para a gente cedo, [tendo que] votar a tarde, sem ouvir a sociedade civil organizada”.
O posicionamento do deputado federal recém-chegado expõe um racha ideológico no Partido Liberal.
Fonte: Leiagora