O governador Mauro Mendes (União Brasil) cobrou do Governo Federal medidas mais efetivas para viabilizar a implantação da rodovia binacional entre o Brasil e Bolívia, que visa ligar o município de Vila Bela da Santíssima Trindade (MT) à cidade boliviana de San Ignacio de Velasco, e poderá alavancar as relações comerciais entre os países.
Mauro participou da audiência convocada pelo senador Wellington Fagundes nas comissões de Infraestrutura e de Relações Exteriores do Senado, nessa terça-feira (11), em Brasília.
“Debater a integração da América Latina, especificamente em Mato Grosso, com uma saída para a Bolívia é algo que fazemos há algumas décadas. Falamos muito, dialogamos muito, conversamos muito e as coisas não acontecem. Para que isso seja de fato efetivado, devemos ter um plano mais objetivo e ações mais concretas”, defendeu.
Em sua fala, o governador destacou a logística diferenciada da região, que pode permitir ganhos comerciais e de desenvolvimento para ambos os países.
“Nós estamos em um mercado de mais de 400 milhões de pessoas na América Latina e como dito e percebido por todos, estamos de costas uns para os outros. O comércio entre os países da América Latina, é muito pequeno em relação àquilo que esses países fazem com o comércio em outros continentes. Priorizamos trazer os nossos fertilizantes do outro lado do mundo, com um custo maior do que priorizar soluções logísticas para trazer isso da Bolívia”, pontuou.
Mauro ainda adiantou que o Governo do Estado tem feito a sua parte para viabilizar a rodovia.
“Já contratamos o projeto, e assim que houver o compromisso do outro país, nós vamos asfaltar o primeiro trecho de 40 km e na sequência asfaltar mais 40 km até chegar à fronteira, criando uma nova alternativa, muito mais barata e muito mais curta, de uma obra que só pode ser viabilizada por meio do governo dos dois países”, finalizou.
Também representou Mato Grosso na audiência o senador Jayme Campos; o prefeito de Vila Bela da Santíssima Trindade, André Bringsken; o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia; e o presidente da MT Gás, Aécio Rodrigues.
Fonte: Repórter MT