Os principais golpes aplicados por meio da internet em Cuiabá são o do falso boleto da concessionária de energia ou de plano de saúde, falso intermediário de vendas em plataformas de marketplace e o do falso parente, com abordagens pelo aplicativo WhatsApp. O levantamento, realizado pela Delegacia Especializada de Estelionato e Outras Fraudes (DEEF) de Cuiabá, foi divulgado neste domingo (09).
De janeiro a maio deste ano, a Polícia Civil conseguiu recuperar e devolver às vítimas mais de R$ 1 milhão. Conforme pesquisa realizada em 2023 pela empresa Silverguard, quatro em cada dez brasileiros já sofreram golpes já sofreram tentativas de golpes com uso do Pix. Destes, 22% caíram nos golpes. Além disso, a cada dez golpes sete tiveram início pelo WhatsApp, Facebook ou Instagram.
Segundo a delegada Eliane Moraes, titular da Deef, os golpistas se utilizam cada vez mais de artifícios para criar abordagens que sejam capazes de ludibriar e induzir as vítimas a erro. A recomendação é ter cautela antes de fazer qualquer transferência de valor.
O golpe do intermediário de vendas é muito comum em momentos em que as vítimas estão procurando veículos para comprar, especialmente na internet. A recomendação da polícia é sempre checar a credibilidade do anunciante, saber se o produto existe de fato e se quem anuncia realmente é o seu proprietário.
Quando o assunto são os golpes via Pix, a recomendação é conhecer o Mecanismo Especial de Devolução (MED), criado pelo Banco Central em 2021 para dar mais segurança à modalidade de transferência bancária.
“O MED é um conjunto de regras que permite que a instituição financeira de onde o Pix foi feito peça o bloqueio imediato do valor na conta de destino, caso haja a suspeita de fraude. E o primeiro passo para tentar reaver o dinheiro é a vítima entrar em contato com seu banco por telefone ou app e acionar o MED, antes mesmo de fazer o boletim de ocorrência”, explicou o delegado Jean Paulo Nascimento, adjunto da Estelionatos de Cuiabá.
Nascimento também destaca que é muito importante que as vítimas registrem as ocorrências para que os golpistas sem identificados e punidos.
Sobre os boletos, a recomendação é ficar atento a boletos relativos a compras não realizadas ou que estejam com o destinatário diferente, principalmente em nomes de instituições bancárias ou empresas.
“No momento de pagar um boleto, conferir se o banco que aparece na tela de pagamento é o mesmo que está no boleto, veja o valor, data de vencimento, nome do beneficiado e demais dados. Se desconfiar dos dados, entre em contato com a empresa ou instituição emissora do boleto”, acrescenta Jean Paulo.
O delegado explica, ainda, que os golpistas conseguem dados das vítimas por meio da internet com o intuito de praticar as fraudes. “Dessa forma, a vítima acredita que está pagando um boleto verdadeiro, mas no código de barras ou Pix constam informações que direcionam o valor para a conta dos golpistas”, esclarece.
Esses dados também podem ser obtidos a partir do vazamento de dados, que permitem que os golpistas tenham acesso a dados ainda mais específicos, como informações sobre hábitos de consumo e gastos mensais das vítimas.
Fonte: Repórter MT