O secretário de Cidades (Secid), Wilson Santos (PSDB), deu a entender que um acordo entre o governo e o Consórcio VLT, sobre a retomada das obras do novo modal, pode sair nas próximas horas: “Estamos muito próximos de um entendimento. Daqui a algumas horas, esta entrevista pode ficar superada”, comentou o tucano, durante a entrega de 75 ambulâncias, na manhã desta quinta-feira (22), no Palácio Paiaguás, em Cuiabá.
“Daqui a algumas horas esta entrevista pode ficar superada. Acredito que até amanhã (23) conseguimos fechar essa questão. Trabalhamos muito, foram dezenas de reuniões, idas e vindas. Todos os atores do VLT estiveram envolvidos querendo a retomada das obras. O Ministério Público Estadual (MPE) teve participação importante, assim como o Ministério Público Federal (MPF) e as empresas que compõe o Consórcio”, disse Wilson.
O tucano ainda deu a entender que o acordo será selado nas próximas horas: “Estamos muito perto de um entendimento. O VLT é composto de várias frentes. Estamos montando uma equipe de primeiro mundo para tocar a parte operacional, a mesma que esteve envolvida no modal do Rio de Janeiro (RJ). Na área da equação financeira está tudo muito bem encaminhado com o Ministério das Cidades, a Caixa Econômica Federal (CEF) e a área de negociação financeira com o Consórcio, que está muito perto de chegar”.
Ainda conforme Wilson Santos, “o governo começou oferecendo o valor de R$ 715 milhões (atualizado). Eles [Consórcio VLT] pediam R$ 1,299 bilhão. O montante ainda não posso falar, porque não está fechado, mas está muito perto de um acordo”, garantiu o secretário de Cidades, que finalizou: “Há um hiato entre o fechamento e o reinício das obras. Isso leva no mínimo 90 dias”.
VLT
A obra do modal de transporte está paralisada desde o final de 2014 e, devido à divergência entre os valores solicitados pelo consórcio para concluir o VLT e o valor que a atual gestão está disposta a pagar, o governador judicializaou a questão.
O governo passado já pagou R$ 1,066 bilhão ao consórcio VLT Cuiabá, do total de R$ 1,477 bilhão pelo qual a obra foi contratada. Com base no relatório da consultoria KPMG, o governo estadual ofereceu ao consórcio R$ 191 milhões a mais que o contrato assinado em 2012, que foi de R$ 1,477 bilhão. Ou seja, no total, o VLT sairia por R$ 1,668 bilhão. Para concluir a obra, o consórcio havia solicitado o total de R$ 2,2 bilhões.
Entre os valores cobrados pelo consórcio construtor, R$ 423 milhões são referentes ao reajuste e reequilíbrio financeiro e R$ 446 milhões de saldo (corrigido pelo Índice Nacional de Custo da Construção – INCC). No entanto, de acordo com assessoria do Governo de Mato Grosso, o estudo da KPMG aponta que o valor do reajuste e reequilíbrio financeiro é de R$ 176 milhões e o saldo é de R$ 426 milhões, já com a devida correção.
Projeto
O modal terá dois eixos, Aeroporto-CPA e Centro-Coxipó, e será implantado no canteiro central das avenidas João Ponce de Arruda e FEB, em Várzea Grande; XV de Novembro, Tenente Coronel Duarte (Prainha), Historiador Rubens de Mendonça, Coronel Escolástico e Fernando Corrêa da Costa, em Cuiabá, totalizando 22 km de extensão.