Akcel Lopes Campos, de 20 anos, apontado como o quinto envolvido na morte dos três motoristas de aplicativo assassinados em Várzea Grande está “desaparecido” desde o último dia 15 de abril. Nesse mesmo dia, foram encontrados os primeiros dois corpos de motoristas mortos e presos os três primeiros acusados de envolvimento no crime.
A informação foi confirmada pelo Núcleo de Pessoas Desaparecidas da Delegacia Especializada em Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Segundo o boletim de ocorrência, a mãe dele procurou a polícia somente nessa terça-feira (23) para comunicar que não está conseguindo falar com o filho há cerca de sete dias. Ele é solteiro, não tem filhos e trabalhava em uma oficina mecânica no bairro Beira Rio, em Cuiabá, apesar de viver no bairro Santa Isabel, em Várzea Grande.
Ao lado de Lucas Ferreira da Silva, de 20 anos, e de um adolescente de 17 anos, Akcel sequestrou e assassinou o motorista Márcio Rogério Carneiro, de 34 anos, morto no dia 13 de abril. A vítima foi assassinada de forma bárbara, com pauladas.
A quarta pessoa envolvida no crime, Keise Melissa Rodrigues, de 25 anos, foi presa por ter cedido a sua conta no serviço de transporte por aplicativo para que os criminosos cometessem os homicídios. Ela foi presa na última sexta-feira (19) e disse com exclusividade ao RepórterMT que era inocente.
Akcel foi delatado pelo menor de 15 anos, identificado pelas iniciais E. G. M. L., que não participou deste crime e teria recebido o vídeo do assassinato por esse motivo.
Outros dois motoristas foram mortos pelo bando: Elizeu Rosa Coelho, de 58 anos, e Nilson Nogueira, de 42 anos. Eles foram mortos com facadas no pescoço.
O primeiro assassinato ocorreu no dia 11 de abril, os criminosos renderam Elizeu, obrigaram a fazer transferências bancárias, levaram ele para um matagal e ao tirá-lo do veículo, o atingiram com uma facada no pescoço. Em seguida, os criminosos fugiram com o carro do motorista, rodaram por toda a madrugada e deixaram o veículo encostado em uma praça no bairro Cristo Rei, em Várzea Grande.
O segundo assassinato foi no dia 13 de abril. A vítima foi Nilson. O modus operandi foi o mesmo, mas como o telefone do motorista era um iPhone, ele foi descartado. Nilson foi atingido com uma faquinha de serra no pescoço, mas como a arma branca se quebrou, o crime foi finalizado com um canivete. (Repórter MT)