Tradicionalmente no mês de dezembro os taxistas de Cuiabá rodam dia e noite com a bandeira dois, que é mais cara. Este ano os taxistas decidiram não fazer a cobrança. A tarifa é de R$ 4,80. Na bandeira 1, o valor aumenta devagar. Já na bandeira 2, o valor sobe mais rápido. No fim, a corrida custa cerca de 30% a mais.
A bandeira 2 deve ser usada das oito da noite até seis da manhã do dia seguinte. Essa cobrança foi usada em Cuiabá durante 15 anos.
“É como se fosse o 13º [salário] dos taxistas. O funcionário da instituição privada, quando chega o mês de dezembro, ele recebe o 13º. E o taxista não. Então a gente acrescentava esse valor e esse percentual”, disse o secretário do sindicato dos taxistas, Aelson Alves.
Dessa vez, os próprios taxistas resolveram abrir mão. Eles alegam que a queda no movimento foi causada pela crise financeira. Além disso, a operação do Uber começou a funcionar na capital há menos de um mês.
“Do início do ano para cá, quando começou a crise financeira e política, vem caindo [o movimento], mais ou menos uns 35%”, calculou o secretário.
Os taxistas dizem que o número de corridas diminuiu, tanto no período da manhã quanto no período da tarde. Os passageiros confirmam que o táxi foi um dos cortes para economizar. Em Cuiabá a frota de táxi tem 604 carros.
Além do horário noturno nos dias de semana, a bandeira dois pode ser cobrada nos feriados, no sábado a partir do meio-dia, aos domingos e também quando há três passageiros ou mais.