Mãe e filho mandantes de duplo homicídio no Shopping Popular chegam a Cuiabá; vídeo

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Jocilene Barreiro da Silva, de 60 anos, e Vanderley Barreiro da Silva, de 31 anos, apontados como mandantes do assassinato do lojista Gersino Rosa dos Santos, o “Nenê Games”, em novembro do ano passado, chegaram na tarde desta quinta-feria (04), na sede da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Cuiabá.

O crime aconteceu dentro do Shopping Popular, localizado na região do Porto na Capital. Na ocasião, Cleyton de Oliveira de Souza, de 27 anos, que trabalhava numa loja vizinha, foi morto por acidente.

Os dois, mãe e filho, foram presos na terça-feira (02), na cidade de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. Na residência da família, os policiais encontraram três armas de fogo, sendo dois revólveres e uma pistola, que podem ter sido usadas no crime.

Segundo a polícia, os dois teriam pago R$ 10 mil para que Silvio Junior Peixoto cometesse o crime. Ele veio de Minas Gerais e sequer pernoitou em Cuiabá: matou as vítimas e voltou para Uberlândia em um ônibus de viagem.

A principal hipótese, segundo o delegado Nilson Farias, responsável pela investigação, é que o crime tenha sido cometido por vingança, já que os supostos mandantes acreditariam que Gersino teria ordenado a morte de Girlei Silva da Silva, de 31 anos, conhecido como “Maranhão”, dias antes do duplo homicídio registrado no Shopping Popular.

Girlei seria filho de Jocilene e irmão de Vanderley, os mandantes do assassinato. Ele foi morto no dia 9 de novembro, mas não foram passados detalhes sobre o crime nem a motivação. O caso segue em investigação.

A DHPP realiza coletiva de imprensa no fim desta tarde para dar mais esclarecimentos sobre o caso. (Repórter MT)

Veja vídeo:

Em entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira (4), o delegado Nilson Farias afirmou que mãe e filho, Wanderley Barreiro, 31, e Jocylene Barreiro, 60, presos suspeitos de serem mandantes do assassinato, fizeram “justiça com as próprias mãos”. A dupla acredita que Nenê tenha sido o culpado pela morte de Girlei Silva da Silva, conhecido como “Maranhão”, filho da Jorcylene, pois viram Gersino e Girlei discutindo na banda do Shopping Popular.

Maranhão havia comprado um celular com Nenê e reclamado que o aparelho estava com defeito. Ambos tiveram uma discussão no Shopping Popular e Girlei foi morto dias depois. Mãe e filho relacionaram a discussão à morte e providenciaram o homicídio do empresário.

Wanderley Barreiro e Jocylene Barreiro foram presos em Campo Grande (MS) e foram recambiados para Cuiabá nesta quinta-feira.

De acordo com o delegado, ambos já tinham passagem pela polícia, Wanderley por homicídio em Uberlândia e a Jocylene por porte ilegal de arma de fogo. Na casa da mãe foram encontradas diversas armas de fogo, inclusive uma em forma de caneta de calibre. 22, que tinha um registro falso.

“Devido a eles acreditarem que quem mandou matar foi a vítima do shopping popular Eles contrataram essa pessoa, que conheceram em Uberlândia. Como era uma família de ciganos, eles transitam por vários lugares, em vários estados. Eles conheceram ele de lá, e ele fez uma viagem de Uberlândia para Campo Grande, e de Campo Grande vieram os 3, a mãe, o filho e o contratado para executar”, afirmou o delegado.

A família de ciganos morou em Cuiabá por 4 meses, período em que Maranhão foi morto. Depois da morte do filho, mãe e irmão se mudaram para Campo Grande. Na semana passada, o atirador Silvio Junior Peixoto, 26, foi preso e confessou o crime. Ele disse que recebeu R$ 10 mil pelo “serviço” e o fez para quitar dívidas. O rapaz não tinha passagens criminais anteriores.

Os mandantes irão passar por audiência de custódia nesta sexta-feira (5). (Gazeta Digital)