PJC: Presos em operação pretendiam se candidatar a vereador

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Dois alvos da Operação Apito Final, deflagrada pela Polícia Civil contra um esquema de lavagem de dinheiro por parte de uma facção criminosa, tinham planos de se candidatar a vereador neste ano em Cuiabá.

A informação foi confirmada pela Gerência de Combate ao Crime Organizado nesta terça-feira (2). Um deles era Fagner Paello, irmão de um dos principais alvos da Polícia Civil na operação, Paulo Witer Farias Paello, apelidado como W.T.

O outro pré-candidato ao cargo era um advogado, que também foi preso. W.T., apontado como o tesoureira da facção criminosa, foi preso após uma partida de futebol em Maceió (AL), na última sexta-feira (29).

Foto: Angélica Callejas/MidiaNews

carro paello propaganda

Veículos apreendidos com adesivos de propaganda com o sobrenome dos alvos

Ele é acusado de ser responsável pelo tráfico de drogas no Bairro Jardim Florianópolis, em Cuiabá, e também dentro de unidades prisionais na Capital.

W.T é presidente do time de futebol que leva o seu nome “Amigos do W.T”, e estava no campo quando após o jogo quando a prisão aconteceu.

O esquema

Segundo a GCCO, o esquema movimentou ao todo R$ 65.933.338 no período apurado.

A investigação teve início após a unidade especializada apurar que o principal alvo da operação e responsável pelo tráfico de drogas na região do Jardim Florianópolis, depois que deixou a prisão na Capital, se tornou tesoureiro de uma facção criminosa.

Ele é acusado de comprar inúmeros bens imóveis e veículos com valores adquiridos com as práticas criminosas. O dinheiro era movimentado em contas bancárias e, posteriormente, convertido em ativos lícitos para dissimular e ocultar a origem ilícita dos valores.

Além da movimentação bancária, a investigação identificou a aquisição de inúmeros terrenos, casas e apartamentos, muitos em condomínios de classe média na Capital, todos adquiridos em nome de um “testas de ferro”, mas diretamente vinculados com o alvo principal da investigação.

Também foram descobertas as aquisições de veículos com a utilização de garagens na compra e venda, como forma de dissimular a posse e propriedade dos automóveis.

Fonte: Midianews